06 novembro, 2009

Aprendi a "combater" comigo mesma


É desta sensação que eu falei, e que tinha tanto medo.
Medo de te perder dentro de mim.
De repente tentei lembrar-me do teu rosto, e só restou uma imagem distante, até disforme.
Era na falta de ti que eu me negava a acreditar, nessa inconstância de ti.
A minha indiferença de como anda tua vida, quantos sorrisos tu tens dado por dia, quantos amigos tu fizeste no último fim de semana. Qual a música que te embala quando tu estás muito triste e como era mesmo aquela expressão que só tu sabes fazer quando alguma coisa não te agrada?
Não sei mais das alegrias, nem me encho delas se alguma coisa relativa a ti me volta à memória.
Era disso que tinha medo, de seres apenas mais um fantasma na minha vida, de seres só mais um, alguma sombra de um passado sem importância, como se nada tivesse valido a pena, nem minhas lágrimas durante as noites passadas em claro por não te ter por perto, nem minha ânsia em ouvir tua voz, nem minha vontade de sentir de qualquer maneira, apenas contentando-me com “migalhas” de tua existência.
 Meu altruísmo sem mais nem menos foi “despojado” e passei a preocupar-me um pouco mais com o que eu sentia, mas dessa vez, sem estares envolvido.
Só quis mesmo “permitir-me” sonhar com coisas palpáveis e não pude evitar que pouco a pouco fosses fugindo de mim.
 O amor que quis preservar a vida inteira não era mais meu, simplesmente passou, talvez da mesma maneira que tenha surgido. Não te amo mais.
E por não mais te amar não sei que rumos tomar, não sei mais por quem devo agir ou pensar, estive tanto tempo “presa” a sensação de te ter intrinsecamente, que não sei caminhar sozinha, é como se estivesse prestes a atravessar uma fronteira, onde de um lado ficam as poucas sensações que vivi e todo amor que guardei por ti, e do outro, resta um caminho que não sei onde vai dar.
Preciso viver, sem estar em função de alguém. 
Acabei mesmo por fazer desse sentimento uma razão para não pensar em sentir, não pensei, deixei aflorar tudo ao extremo, meu mais extremo amor, minha extrema saudade, meu maior desejo.
Agora estou de mãos vazias, sem lágrimas, sem as saudades que em tempos apertavam o meu peito, apenas quero que sejas muito feliz.
Preciso descobrir uma maneira de te guardar, como peça especial e essencial que foste, meu primeiro, estranho, amor.



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