
Segui meu caminho em frente com firmeza, sem virar-me para trás para olhar o que já tinha vivido. A estrada parece aterrorizante quando não se sabe ao certo onde ela vai dar. Mesmo assim não desisti, tinha que seguir para algum rumo, qualquer lugar que me levasse embora de onde eu estava.
Nada mais me pertencia, nem os dias que haviam me abadonado, nem os que se seguiriam, eramos só eu e meu corpo, lavado de sensações, meus pés descalços no meio do tempo e meu pequeno diário desfolhando ao vento, entregando ao mundo tudo o que eu não queria mais, minhas antigas fotos e sorrisos, meus sentimentos mais íntimos, os sonhos que eu tinha escondido permaneceriam sem ser conhecidos. Rasguei cada folha como se um punhal "rasga-se"a alma, fragmentando tudo em papéis perfumados e envelhecidos.
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